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ALMAS SOLITÁRIAS - O RETORNO - PARTE II
ALMAS SOLITÁRIAS - O RETORNO - PARTE II

O som cadenciado das gotas de chuva sobre a ramagem das árvores levou a menina a mergulhar num doce torpor, um sono leve, entre a razão e a semi-consciência. Permaneceu assim por algum tempo, com os olhos quase serrados, ouvindo aquele som acalantador. Despertou de repente, ao ouvir o barulho estrondoso de uma porta sendo fechada com extrema violência. Saltou da cadeira como se fosse impulsionada por uma mola e penetrou na sala já tomada pela penumbra do anoitecer. Acionou o interruptor da luz e percorreu com a vista as portas e janelas do cômodo.

As duas portas que davam para os quartos estavam abertas como as havia deixado e as janelas continuavam trancadas. Seguiu pelo corredor escuro até varar na cozinha ampla, praticamente mergulhada na escuridão. Enquanto tateava na parede à procura do interruptor da luz, teve a impressão de que dois olhos vermelhos como brasas a fitavam fixamente, por sobre a mesa de madeira maciça. 

Ao acionar o interruptor um clarão repentino inundou o ambiente por um segundo e apagou-se novamente, deixando tudo completamente envolto nas trevas.

Não se sabe ao certo se foi o susto devido ao repentino apagar das luzes que levou a garota a retroceder instintivamente, saindo em uma desesperada carreira pelo corredor afora, ou se foi a sensação de que alguma coisa fria e disforme se jogou em cima dela, no instante em que a luz apagou.


Na verdade, Valeska teve a mais firme das certezas de que o mal havia preenchido todos os espaços da casa, embotando sua mente e sufocando sua alma.

Ao sair pela porta da frente, a garota não se deu conta da chuva que caía e muito menos do frio intenso que sentia minutos atrás. Jogou-se sobre as plantas molhadas do jardim e ali permaneceu por cerca de meia hora, até o momento em que seus familiares chegaram e a recolheram para o aconchego do quarto aquecido.


Foto: ALMAS SOLITÁRIAS -  O RETORNO

PARTE  II


O som cadenciado das gotas de chuva sobre a ramagem das árvores levou a menina a mergulhar num doce torpor, um  sono leve, entre a razão e a semi-consciência. Permaneceu assim por algum tempo, com os olhos quase serrados, ouvindo aquele som acalantador. Despertou de repente, ao ouvir o barulho estrondoso de uma porta sendo fechada com extrema violência. Saltou da cadeira como se fosse impulsionada por uma mola e penetrou na sala já tomada pela penumbra do anoitecer. Acionou o interruptor da luz e percorreu com a vista as portas e janelas do cômodo.

As duas portas que davam para os quartos estavam abertas como as havia deixado e as janelas continuavam trancadas. Seguiu pelo corredor escuro até varar na cozinha ampla, praticamente mergulhada na escuridão. Enquanto tateava na parede à procura do interruptor da luz, teve a impressão de que dois olhos vermelhos como brasas a fitavam fixamente, por sobre a mesa de madeira maciça. 

Ao acionar o interruptor um clarão repentino inundou o ambiente por um segundo e apagou-se novamente, deixando tudo completamente envolto nas trevas.

Não se sabe ao certo se foi o susto devido ao repentino apagar das luzes que levou a garota a retroceder instintivamente, saindo em uma desesperada carreira pelo corredor afora, ou se foi a sensação de que alguma coisa fria e disforme se jogou em cima dela, no instante em que a luz apagou.


Na verdade, Valeska teve a mais firme das certezas de que o mal havia preenchido todos os espaços da casa, embotando sua mente e sufocando sua alma.

Ao sair pela porta da frente, a garota não se deu conta da chuva que caía e muito menos do frio intenso que sentia minutos atrás. Jogou-se sobre as plantas molhadas do jardim e ali permaneceu por cerca de meia hora, até o momento em que seus familiares chegaram e a recolheram para o aconchego do quarto aquecido.

                              
CONTINUA.